domingo, 25 de outubro de 2009

A varanda e suas paisagens sensoriais


Fumamos um rasta gostoso e bebemos duas caipirinhas que ele preparou. Sentamos a mesa e conversamos. Ele contou de Sampa e eu fui abrindo espaço para sorrisos, elogios e amor.


Levantei para colocar um som e foi a primeira vez que ele pode ver a roupa: blusa fina e transparente preta, calcinha de cordinha de strass, cordão brilhante no pescoço descendo até o umbigo. Sua reação: - Nossa!


Voltei meio tímida e ele me puxou para perto. Disse que estava com fome e ele se ofereceu para fazer um lanche. Preparou uma pizza de molho ao sugo, tomates, queijo canastra, alho, queijo mussarela, alho porro, coentro, pimenta calabresa. A cozinha exalava um aroma bom. Parecia uma receita tirada do livro Afrodite, de Isabel Allende, uma maravilhosa receita erótica com especiarias. Dos elementos utilizados, só a massa escapava da lista de ingredientes afrodisíacos.


Com a pizza no forno ele se sentou e me puxou para o colo. Exatos 12 minutos e estaria pronta. Conversamos. No meio dos assuntos disse que esperava que ele me visitasse antes de ir viajar.


- Mas você ia me prender aqui?

- Não. Já tinha pensado num argumento para você me querer e ir embora depois.

- Qual?

- Hilda Furacão fazia seus homens irem ao paraíso em menos de cinco minutos.

- Então faça agora. O que você pode fazer em cinco minutos?

Corei para falar: - Não sei. É apenas um argumento.

- Eu sei o que fazer. Muitas coisas.

Olhei para o relógio: - Faltam quatro minutos para a pizza ficar pronta.


Começamos a nos beijar afobadamente. Correndo os lábios um do outro. Ele me levantou e me jogou contra a porta da varanda, ao lado da cozinha. Beijou meu corpo todo e colocou seus dedos safados na cona que já estava molhada. Peguei seu pau que saltava das calças e espremi no meio das pernas. Minhas costas batiam na parede. Fui devorada, senti rasgar minha pele e arder um fogo no ventre. Recebi suas estocadas de frente, com as pernas trançadas em sua cintura. Seus dedos apertavam a bunda e puxavam a cordinha da calcinha. Seu pau invadia sedento minhas coxas. Os seios já estavam soltos da blusa e dentro da boca dele. A pizza cheirava forte e eu estava no paraíso em quatro minutos.


Tiramos a pizza do forno e colocamos ali na mesa, na nossa frente. O cheiro era melhor que o perfume de ervas usado no banho. De cara para a pizza e com a bunda arrebitada continuei me deixando levar até o gozo.


Sentamos à mesa, e a luz vermelha do jardim ainda refletia em nossos corpos. A pizza estava maravilhosa.




Nenhum comentário:

Postar um comentário