domingo, 21 de junho de 2009

Kaza Vazia - instalação "Safadezas"




De 16 a 30 de setembro de 2007 aconteceu a 5ª edição Kaza Vazia. Trata-se de um coletivo de artistas que tem como proposta a apropriação de espaços esquecidos ou desabitados da cidade para a realização de experimentações e intervenções artísticas que resgatam a vivência dos ateliês coletivos.

O movimento teve início em 2005, por iniciativa de um grupo de estudantes da Escola de Belas Artes da UFMG e a cada edição da Kaza, forma-se um novo grupo de artistas, incluindo participantes de outras edições e novos integrantes.

Nesta edição, a Kaza Vazia contou com a participação de 24 artistas (alguns com especializações indiretamente ligadas à arte) de Belo Horizonte, representantes das mais diversas poéticas, e que trabalham com procedimentos e conceitos ligados à pintura, instalação, gravura, performance, poesia, etc.

A ocupação foi feita em uma casa tombada pelo patrimônio histórico, situada à Rua Leonídia Leite, no bairro Floresta, que já foi residência de Otacílio Negrão de Lima (ex-prefeito de Belo Horizonte nos anos 1935 - 1938). A casa foi gentilmente cedida pela Casa de Cultura Simão, de Cataguazes.

Os artistas passaram por um período de residência na casa, entre os dias 16 a 28 de setembro com objetivo de recolher informações, vivenciar e refletir sobre o espaço, seu entorno e a vizinhança a fim de recolher subsídios para suas intervenções artísticas. A casa foi aberta à visitação pública nos dias 29 e 30 de setembro. No último dia de exposição, ocorreu a Meza Vazia, com a participação de diversos convidados do meio artístico, que debateram o tema “Coletivos Artísticos: vias, processos e atuações”.

Safadezas


O conto erótico "Safadezas: membros, orifícios, cheiros e desejos" foi meu ponto de partida para criar a instalação que ocupou um quarto no porão do Kaza Vazia V. O texto relata um momento entre quatro mulheres que se misturam na cama. O objetivo do trabalho foi recriar a atmosfera desse encontro naquele espaço de quatro paredes baixas, abafadas pelo teto e as janelas pequenas. E para isso... as paredes ganharam letras de tinta vermelha remontando trechos do conto e uma cama ocupou o centro do espaço, além de elementos como vinho, música, uvas, velas, incenso e luzes vermelhas.

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